Imagem :Stéfphane Bulan
O
Artista
Um dia,
despertou-lhe na alma o desejo de esculpir uma estátua do Prazer que dura um
instante. E partiu pelo mundo à procura do bronze, porque ele só podia
trabalhar o bronze. Mas todo o bronze existente no mundo havia desaparecido e
em nenhuma parte o metal seria encontrado, a não ser na estátua da Dor que é
permanente.
E fora ele que, com as próprias mãos, fundira
essa estátua, erigindo-a no túmulo de alguém a quem muito amara na vida. E na
tumba da morta, que tanto amara, colocou a própria criação, como um símbolo do
amor masculino, que é imortal, e a dor humana, que dura a vida inteira.
E em todo o mundo
não havia bronze, a não ser o dessa estátua.
Ele, então,
retirou a estátua que moldara pô-la num grande forno, deixando-a derreter-se.
E com o bronze da
estátua da Dor que é permanente, fundiu a do Prazer que dura um instante.
Oscar Wilde
Querido amigo
ResponderExcluirSei que minha mais recente postagem decepcionou meus colegas e seguidores
Diria que fora um momento de desencanto...
Ao entrar aqui, deparo-me com a rosa e uma frase do Principezinho e emociono-me
Realmente não conseguiremos sem os sonhos, sem as flores, sem as estrelas
Gostaria que visitasse minha próxima postagem
Obrigada por seu comentário
É impossivel deixar o principezinho sozinho no deserto, seria morrer por dentro...
Um abraço Poético!
Estou de volta ao jardim da poesia!!!
Aliás, nunca sai dele
è mesmo assim - o przer é tão volátil... tão efêmero, mas quem não o quer?
ResponderExcluirGostei da dicotomia apresentada por Wilde neste excerto. Um grande abraço.
Oscar Wilde é um gênio louco como todos os gênios o são, pois a sensibilidade extrema do artista o deixa no limiar da insanidade.
ResponderExcluirAbraço Aureliano!