É sempre preciso
Retomar as palavras,
soltar os vetos da linguagem.
Ter na cabeça uma invenção .
Inventar o ilimitado,
essa pulsação que aflora
despida de dogmas, leis, floreios...
As simples palavras,
abertas , soltas num poema.
Quem quiser lê-las,
possa entendê-las
em sua solicitude,
chamá-las afeto, amor, desejos,delírios...
Retomar as palavras,
sem vínculos com as coisas
enlaçadas às
obrigatoriedades
desse mundo sempre urgente.
Retomar as palavras,
sentir calmamente o pulsar da vida
como quem vê uma flor,
como quem abraça o
seu bem.
Aureliano
Olá Aureliano
ResponderExcluirAmei o poema. (uma visitinha rápida)
Super encantadoras as suas palavras, amigo.
ResponderExcluirUm abraço,
Valéria
Será por isso que as metáforas são características essenciais em quase toda forma de criação poética? Uma forma de atalho, de trava, de ilusão gramatical, algo como uma ditadura da escrita?
ResponderExcluirEu amo metáforas. Dar liberdade às palavras e expressá-las sem pudores - seria tão parecido com a linguagem coloquial do cotiano...ou não?
"Retomar as palavras...como quem vê uma flor..." Eis uma metáfora cheia de encantos. Usar a palavra sem floreios, não seria perder deixar de lado esse recurso tão charmoso, que encontramos nas figuras de linguagem?
Peguei a palavra e a fiz de musa...como pode perceber. rs
**abraços** __gostei de seu texto, por isso exagerei um pouquinho__