sábado, 9 de dezembro de 2017

CACASO


Manhã profunda

                       para Maria Alice  

Um passarinho cantou tão triste
tão sozinho
um outro respondeu espere já vou
aí  já vou aí  já vou aí

CACASO. "Manhã profunda". In:_____. MORICONI, Ítalo (org.). Destino: poesia. Antologia. Rio de Janeiro: José Olympio, 2010.



Lar doce lar

Minha pátria é minha infância:
Por isso vivo no exílio

CACASO. "Lar doce lar" In: MORICONI, Italo (org.). Destino Poesia. Antologia. Rio de Janeiro: José Olympio, 2010.


Happy end

o meu amor e eu
nascemos um para o outro
agora só falta quem nos apresente


CACASO, . Beijo na boca. Rio de Janeiro: Sette Letras, 2000.



Cacaso (Uberaba MG, 1944 - Rio de Janeiro RJ, 1987) publicou seu primeiro livro de poesia, A Palavra Cerzida, em 1967. Dois anos depois formou-se bacharel em Filosofia pela UFRJ, em 1969. Na época já colaborava nos jornais cariocas Opinião e Movimento. Entre 1965 e 1975 foi professor de Teoria Literária na PUC/RJ. Participou nos movimentos estudantis contra o regime militar, em 1968. Em 1974 e 1975 integrou os grupos Frenesi, com Roberto Schwarz, Francisco Alvim, Geraldo Carneiro, João Carlos Pádua, e Vida de Artista, com Eudoro Augusto, Carlos Saldanha (Zuca Sardan), Chacal, Luiz Olavo Fontes, produzindo suas próprias coleções, antologias e revistas. Em 1987 conquistou o primeiro lugar no Festival de Música Som das Águas, realizado em Lambari MG, com a música O Dia do Juízo, em parceria com Sueli Costa. Sua obra poética inclui os livros Grupo Escolar (1974), Segunda Classe (1975), Beijo na Boca (1975), Na Corda Bamba (1978), Mar de Mineiro (1982) e Beijo na Boca e Outros Poemas (1985). Cacaso é um dos principais nomes da "poesia marginal" brasileira. Sua obra, influenciada por Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade e Oswald de Andrade, tematizou a política e o amor em tempos de ditadura e liberação sexual, com humor e crítica social.

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