Manhã profunda
para Maria Alice
Um
passarinho cantou tão triste
tão
sozinho
um
outro respondeu espere já vou
aí
já vou aí já vou aí
CACASO.
"Manhã profunda". In:_____. MORICONI, Ítalo (org.). Destino: poesia.
Antologia. Rio de Janeiro: José Olympio, 2010.
Lar doce lar
Minha
pátria é minha infância:
Por
isso vivo no exílio
CACASO.
"Lar doce lar" In: MORICONI, Italo (org.). Destino Poesia. Antologia.
Rio de Janeiro: José Olympio, 2010.
Happy end
o
meu amor e eu
nascemos
um para o outro
agora
só falta quem nos apresente
CACASO,
. Beijo na boca. Rio de Janeiro: Sette Letras, 2000.
Cacaso (Uberaba MG, 1944 - Rio de Janeiro RJ, 1987)
publicou seu primeiro livro de poesia, A Palavra Cerzida, em 1967. Dois anos
depois formou-se bacharel em Filosofia pela UFRJ, em 1969. Na época já
colaborava nos jornais cariocas Opinião e Movimento. Entre 1965 e 1975 foi
professor de Teoria Literária na PUC/RJ. Participou nos movimentos estudantis
contra o regime militar, em 1968. Em 1974 e 1975 integrou os grupos Frenesi,
com Roberto Schwarz, Francisco Alvim, Geraldo Carneiro, João Carlos Pádua, e
Vida de Artista, com Eudoro Augusto, Carlos Saldanha (Zuca Sardan), Chacal,
Luiz Olavo Fontes, produzindo suas próprias coleções, antologias e revistas. Em
1987 conquistou o primeiro lugar no Festival de Música Som das Águas, realizado
em Lambari MG, com a música O Dia do Juízo, em parceria com Sueli Costa. Sua
obra poética inclui os livros Grupo Escolar (1974), Segunda Classe (1975),
Beijo na Boca (1975), Na Corda Bamba (1978), Mar de Mineiro (1982) e Beijo na
Boca e Outros Poemas (1985). Cacaso é um dos principais nomes da "poesia
marginal" brasileira. Sua obra, influenciada por Manuel Bandeira, Carlos
Drummond de Andrade e Oswald de Andrade, tematizou a política e o amor em
tempos de ditadura e liberação sexual, com humor e crítica social.
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