Presença
Partiste para tão longe.
Meu adeus perdeu-se
na
névoa tênue da manhã,
e
nem me viste acenar.
Voltei
para casa pesado,
não
entendi aquela partida:
abrupta
,silenciosa,
como
a fugires de qualquer explicação.
Mas
ficaste na minha memória
esse
tempo todo. E em mim agora,
repentinamente
aflora um desejo
de
ver-te neste presente tempo.
Tua
lembrança? Não sei se é isso
o
que move este desejo.
Estavas
tão linda naquele derradeiro dia,
mas ao mesmo tempo volátil como um perfume...
Deverasmente pensei
nas tolices
que
aparecem quando o passado resolve
inventar
um enredo novo
para
o que se acabou.
Momentaneamente
me vem essa estranheza
de
querer saber-te neste momento,
rever-te
igual nos dias
em
que nossas vidas se entrelaçaram.
Saudades
ao certo não confirmo,
Contudo algo assim transcendente
De
sentir mais proximamente
Seu
olhar em mim.
Aureliano
Imagem : John William Godward
Bom Dia, Aureliano,
ResponderExcluirApreciei seu poema, especialmente o último verso. As palavras são calmas, macias, como um sonho bom que teima em plainar na memória.
Abraços/
E um final de semana com muito sol em seu coração♥
Oi Aureliano!
ResponderExcluirQue danado de poema bonito é esse rapaz!
Se assemelha a outras poesias que tive a imensa alegria de apreciar em
outros tempos.
Um abraço.
Belos versos nesse poema.
ResponderExcluirObrigado por comentar no meu blog, abraço.